Acessibilidade
.
.
.
.
.
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras
.
.
.
Notícias por Categoria
Entrevista com o professor e pesquisador Fernando Sossai, do curso de História e do Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille
Em junho de 2024, o IPREVILLE, em parceria com a Univille, deu início a um ambicioso projeto para preservar e valorizar a rica trajetória do Instituto que, em 2026, irá completar 30 anos. A iniciativa envolve ações abrangentes de gestão documental, memória institucional e de História Oral. Conversamos com o professor Fernando Sossai, que nos explicou os detalhes dos trabalhos que estão sendo realizados.
- Como surgiu a parceria entre o IPREVILLE e a Univille para esse projeto?
Fernando Sossai: A Univille, como universidade comunitária sem fins lucrativos, sempre esteve engajada em iniciativas voltadas à preservação de patrimônios culturais de Joinville e região. A parceria com o IPREVILLE surgiu como uma oportunidade de unir a expertise da nossa equipe em gestão documental e em história oral ao desejo do Instituto de valorizar sua história, assim como aprimorar suas práticas documentais. A ideia é preservar a memória do IPREVILLE, que é um patrimônio não só da instituição, mas também da cidade de Joinville.
- Quais são as principais frentes de trabalho desse projeto?
Fernando Sossai: O projeto foi estruturado em duas grandes frentes. A primeira é a gestão documental, que inclui a revisão e atualização do Manual de Gestão Documental do IPREVILLE, o processamento técnico, higienização e organização de documentos importantes ligados à trajetória de 30 anos do Instituto. Estamos, também, preparando um curso de formação para os servidores do Ipreville, visando que eles possam manter as boas práticas de gestão documental acumuladas pelas pessoas que trabalham na Instituição, as quais já foram reconhecidas, nacionalmente, como de referência em gestão.
A segunda frente é voltada à valorização da memória institucional, com foco em pesquisas históricas sobre a trajetória do IPREVILLE e na produção de uma coleção de entrevistas de História Oral com 30 pessoas que fizeram parte da história do Instituto. Nesse marco, iremos promover oficinas de memória com pessoas aposentadas, idosos, que tem as suas histórias de vida ligadas à trajetória do Instituto.
- Qual é o impacto desse trabalho na comunidade e para o próprio IPREVILLE?
Fernando Sossai: A preservação da memória institucional reforça o sentimento de pertencimento tanto para os servidores, os aposentados quanto para a própria cidade de Joinville. Aliás, é preciso lembrar que os serviços públicos podem ser considerados uma espécie de patrimônio da população joinvilense. Então, no caso do Ipreville, a gestão documental, aliada à valorização da memória institucional e à gravação de entrevistas de História Oral, contribuir para o fortalecimento deste patrimônio, bem como incentiva a realização de novas pesquisas sobre a trajetória da Cidade, suas pessoas e instituições que garantem os direitos de seus cidadãos.
- Como está sendo a participação da equipe envolvida?
Fernando Sossai: Temos uma equipe interdisciplinar composta por professores, pesquisadores e graduandos do curso de História da Univille. O conjunto do projeto está associado ao Centro Memorial e Laboratório de História Oral da Univille, assim como ao Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da universidade (Mestrado e Doutorado). Isso nos fornece uma base sólida para desenvolver as atividades. Essa abordagem interdisciplinar nos permite trabalhar tanto os aspectos técnicos da gestão documental quanto a dimensões históricas da memória institucional e da História Oral.
- Quais são os próximos passos e expectativas para a conclusão do projeto?
Fernando Sossai: O projeto tem uma duração de 12 meses, com previsão de conclusão em junho de 2025. Estamos avançando conforme o cronograma e, ao final, planejamos entregar um catálogo impresso sobre a história do IPREVILLE, além de um acervo digitalizado de entrevista de história de vida, que será preservado no Centro Memorial e Laboratório de História Oral da Univille. Nossa expectativa é que esse projeto se torne algo permanente, constituindo-se como ponto de referência para outras instituições públicas que se preocupem com a preservação da sua memória e gestão documental.
.
.
.
.